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Quando eu tinha 12 anos de idade, o meu pai pensou em mudar-me para um Colégio das Irmãs, que se encontrava distante da terra onde vivíamos. Aí notei algo diferente nesta terra. Existem muitas escolas, os jovens entusiasmados com seus estudos. Comecei a perguntar, porque na minha terra não existem escolas assim, e porque as irmãs não estão na minha terra para também instruir os jovens de lá? Dai me veio este desejo de ser irmã. Sonhava ser irmã para melhor educar, ensinar e encaminhar os jovens dedicados alcançar o seu futuro, a sua meta de vida com qualidade.

Terminei o 9º ano, fui para Díli (cidade principal de Timor-Leste) este desejo desapareceu, eu estava mais concentrada no meu estudo e sonhei em ser Jornalista. Com isso tentei tirar alguns cursos de línguas estrangeiras para poder falar melhor e assim poder ser o que desejava então (ser jornalista).

No meio desta busca, apareceu uma irmã que se chamava Rosalina de Barros e nos chamou para uns encontros de formação. Uma formação cristã juntamente com o estudo de Língua Portuguesa. No meu pensar, eu só queria aprender português porque fazia parte do meu plano de ser jornalista, tinha que saber várias línguas. Após um ano e alguns meses nesta formação com a Irmã, ela nos propôs um discernimento sério, se algumas de nós gostaríamos de ser irmãs. Foi difícil para mim escolher, porque eu não queria deixar os meus pais e os meus irmãos, pois sou a filha mais velha da casa. Mesmo assim, decidi arriscar sem saber o que viria pela frente.

História da minha vocação2

No dia 08 de agosto do ano 2003, juntamente com as minhas quatro companheiras e a Irmã que nos acompanhou, viemos para Portugal onde iriamos começar a primeira etapa de formação na Vida Religiosa. Nos primeiros anos, a vontade que eu tive era voltar para Timor-Leste, a minha terra natal, onde se encontram os meus pais, pois as saudades eram muitas. Cheguei a solicitar o meu regresso para Timor, mas a irmã que era responsável dizia, que eu deveria pensar melhor, pois, não encontrava nenhuma razão para eu voltar atrás. A partir daí comecei a rezar até as tantas horas da noite na Capela, para pedir a Deus, se eu podia voltar ou não. Foi uma decisão difícil! No fim decidi ficar.

Após anos de discernimento e de escuta da vontade de Deus sobre mim, percebi que Deus me chamou para esta vida, vida de Consagração apesar das minhas limitações e fragilidades. Compreendi mais tarde que, não podia contar apenas com as minhas forças humanas, mas é confiar que Deus me dará forças quando eu precisar. Ele me guiará no seu caminho, não sou eu quem guia a Deus, mas é deixar que Ele me guia. Com isso, deixei-me seduzir por este Amor, embora incompreensível, mas firme. A confirmação desta vocação é sentida cada dia num coração feliz onde a pessoa se encontra.

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